Friday, August 31, 2007

Eu só ainda não sei como vou conseguir chegar perto...

... mas já limpei a lente da câmara, carreguei a bateria, formatei cartões de memória e até um filtro UV comprei. Foto-reportagem, a partir de Domingo, no sítio do costume.

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Wednesday, August 29, 2007

Luis Filipe Menezes: «Estamos a transformarmo-nos numa espécie de Chicago dos anos 30»

Esta afirmação foi, obviamente, na sequência das recentes mortes na noite portuense. Eu tenho uma opinião ligeiramente diferente.

Acho natural a comunicação social empolar os casos, porque vivem disso. Mas quando é um Presidente da Câmara a fazê-lo, ainda que com intenção de aproveitamento político, parece-me irresponsável, ignorante e imponderado, por um lado, e sinal claro de incompetência por outro. Ignorante porque a noite do Porto nunca foi de meninos de côro e não acho que esteja hoje mais perigosa que no passado. Irresponsável porque, com a divulgação da cultura de medo, apenas se está a promover que deixe de ser frequentada pelo cidadão comum, tornando-se cada vez mais um antro exclusivo de criminosos. Sinal de incompetência, porque uma das mortes foi no seu próprio concelho.

Desde o caso Mea Culpa, que, quem ainda não o tivesse sentido na pele, já percebeu o poder mafioso e rivalidades territoriais da chamada segurança privada. Por mim, o cenário actual não é problemático. Os clientes passam ao lado da confusão enquanto os gorilas se matam uns aos outros. De cada vez que um tomba, é menos um a temer. E haja a esperança que a lei da selecção natural, com chumbos de 9 mm, leve aos poucos à extinção da manada.

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E eu que pensava que a espécie já não existia...

Esta noite no barzito cá da terra:

Cabelinho à jogador da bola com três camadas de gel extra-forte efeito molhado, brilhante generoso na orelha, óculos de sol na cabeça (à 01 da manhã), camisa de polyester com 3 botões abertos, calças de ganga tingidas. E, ouro sobre azul, texanas imaculadamente engraxadas.

A atitude? O pequeno símio com 1,60m de peito para fora, queixo para cima e olhar abrangente e dominador sobre as presas disponíveis. A transpirar auto-confiança. Um verdadeiro homem, ainda que em miniatura. Delicioso. Confesso que chorei como um catraio.

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Monday, August 27, 2007

Como parar uma multinacional em Agosto

E-mail profissional enviado ao HR Manager de uma multinacional. Auto Reply do Outlook: «I'm out of office due to vacations until 03.09. For any HR issues please contact [...], HR Assistant.»

E-mail reencaminhado para o HR Assistant. Auto Reply do Outlook: «I am currently out of office due to holidays. I will return on 03.09.»

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Friday, August 24, 2007

Sorteio original

Isto sim, são rifas. Em Darque, Viana do Castelo.

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Agenda cheia

Algo impensável aconteceu. O meu calendário do Outlook está a abarrotar (e com algumas sobreposições a resolver) até... Janeiro de 2008.

Agosto, apesar de não estar propriamente de férias, é um mês a meio-gás (ok, 1/4 de gás) para a consultoria, pelo que há que queimar alegremente os últimos cartuchos do ócio e podridão.
A partir de 5 de Setembro acaba a boa vida. Ora não bastavam já os meus mais-que-muitos projectos de formação intra-empresa em Atendimento, Trabalho em Equipa e/ou Gestão de Tempo (em diferentes fases de concepção e monitoragem), e eis que ontem sou convidado a coordenar a implementação simultânea de 6 (seis!!!) modelos de competências e gestão de desempenho. Tudo em clientes com mais de 100 colaboradores e com cada organigrama que até dá dores de tola. Um suor frio me assalta ao imaginar já o volume de informação, entrevistas, validações e focus groups.
A acrescer a isto, o convite, no ano lectivo que se aproxima e em regime pós-laboral, para a docência de 2 módulos de um Curso de Especialização Tecnológica, numa universidade privada. Só falta a homologação do Ministério. Sem que o coordenador do curso me ouça: se a aprovação não chegar, agradece a minha (já parca) sanidade mental.

Um grave problema agora se levanta: como vou conseguir esburacar uma semana em Outubro (férias da cara-metade) para ir à Jamaica ou S. Tomé e Príncipe?
Boa solução seria pôr estes parceiros profissionais a ler o Estado da Coisa, e assistir na primeira fila à minha esquizofrenia e bipolarismo virtuais. Conseguia, no mínimo, 52 semanas.

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Isto começa a ficar assustador...

Pois nos últimos dois dias, essa ferramenta maravilhosa que é o Google trouxe até esta casa, a título de exemplo, as seguintes pesquisas que desde já me escuso a comentar:

"salada para acompanhar vinho"
"mamilo da merche romero"
"metro da póvoa"
"acertar no euromilhões"
"superar um desgosto amoroso"
"intimidade com deficientes físicos"

Desde já a gerência lamenta não ter correspondido às expectativas e agradece as sugestões.

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Thursday, August 23, 2007

E agora um post a puxar para o xenófobo

Açougue é talho. Trem é comboio. Banco é Caixa. Arménia é Arménia. Cabrão? Ah, essa é "fáciu": cabrão é brasileiro.

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Conversa na Rua Santa Catarina

«Olha, e o [...] tens estado com ele? Nunca mais vi esse gajo...»
«Pá, sabes que ele agora está todo formatado...»

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Wednesday, August 22, 2007

A devida vénia

Meus caros, verguem-se perante o nosso leitor Mr. Ferrão, que foi coroado, dia 08 de Julho em Montemor-o-Velho, vice-campeão nacional sénior de canoagem, na categoria K4 200 metros, pela equipa VCondeKC, com o tempo de 32,04 segundos. E fez este tempo sentado!

Mais info aqui.

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Tuesday, August 21, 2007

O que é nacional é bom

Depois do queijo, do ananás e do chá, eis que os Açores nos oferecem mais um produto de qualidade.

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Monday, August 20, 2007

Ou não fosse época de furacões...

No site da Netviagens: Caraíbas em Agosto, Praias Paradisíacas.

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Salazar ainda mexe nos genes de cada um de nós

Repressão é neurose. Nunca se substime o poder inconsciente de um recalcamento. Porque na cabeça dos portugueses ainda se aceita, com espantosa tolerância, o extremismo de esquerda. Herança de muitos anos de opressão. Que, curiosamente, parece que às vezes ainda dava jeito à plebe.

Parece existir uma moral superior na cerimónia: se em vez de uns primitivos activistas de esquerda, grunhindo, entre dois charros, palavras de ordem pseudo-ambientalistas, fosse um grupo de extrema direita a escacar, por puro gozo, um campo de milho, teriam as autoridades feito um esforço mais célere para fazer cumprir as regras de um Estado de Direito?

A esta eu respondo: sem dúvida. Mais: ainda que fosse um grupo de cabeça rapada a destruir a plantação de cannabis dos hippies, os primeiros (e talvez únicos) a ir dentro eram os carecas. Com o aplauso generalizado e entusiasta da plateia. Certinho. Não compreendo. No meio de tanta bestialidade, pelo menos uma das matilhas lava-se.

O apelo social contra os transgénicos, já quase compreendo. Curioso é que não se incomodam os acéfalos "pacifistas", que a ganza que fumam, importada ali do nordeste de Marrocos, além de merda de camelo (e daí os efeitos secundários), esteja carregada de Xanax's e outros químicos produzidos pelo império capitalista.

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Sunday, August 19, 2007

Está tudo certo!

E eis que começa a Superliga, com uma primeira jornada que se adivinha muito representativa daquilo que será o resto da época.

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Friday, August 17, 2007

Conflito de gerações? Que é isso?

Estava eu em casa quando um amigo me liga a dizer que estava pelas redondezas, pois tinha tido um jantar de família por ali, e me desafiou para umas partidas de bilhar num barzinho muito bom perto lá de casa (merece a publicidade: Lenda do Mosquito).

Claro que lá fui, pois o bilhar deve ser o único desporto para o qual tenho alguma aptidão. Talvez por combinar com cerveja e tabaco. Não é por acaso que, no passado, a aprendizagem e dedicação ao jogo me custou um ano de escolaridade. Adiante.

Este tipo é um colega da consultoria. Gajo muito experiente e inteligente, ex-quadro superior da mais conceituada empresa de consultoria mundial, com quem trabalho agora em parceria regularmente, e que tem o dom, a nível profissional, de me fazer sentir diminuído, tal a sua simplicidade objectiva e velocidade de pensamento. Eu ainda estou a ir e ele já foi e veio. Duas vezes. No entanto, e essa conjugação é que valorizo, é um boémio e um porreiraço de primeira.

Ontem aparece-me com o filho. Lá fomos para o bar, onde em duas horas e meia gastamos 40 euros em álcool e bilhar. Jogámos ao chamado bota-fora, quem perde sai e entra outro. O filho conseguiu beber ainda mais cerveja do que o pai. O pai tem 38 anos, o filho 20. É engraçado assistir in loco a uma relação parental deste género, em que pai e filho falam a mesma língua e gostam das mesmas coisas.

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Thursday, August 16, 2007

Saia mais uma corrente!

Prova da popularidade crescente do Estado da Coisa (consta que já temos 5, vá lá, 4 leitores), fui convidado pela Tita a escarrapachar aqui 7 dos meus mais íntimos segredos, numa daquelas correntes que proliferam na blogosfera.

Ora se Fátima só tinha três segredos, como haverei eu de ter logo sete? Não é fácil até porque a minha vida é um livro aberto, embora vedado apenas a alguns clientes da biblioteca. Logo, não serão porventura segredos, mas sim, em alguns casos, particularidades. Particularidades essas que os leitores mais antigos do Estado da Coisa (3, vá lá, 2 leitores) já terão aqui lido noutros contextos.

1º Lido muito mal com a morte. Penso que será fruto do meu ateísmo em conjugação com alguns recalcamentos infantis. Com a minha e com a das pessoas mais próximas. Neste último caso, por sentir a inevitável proximidade, penso nisso mais do que devia e tenho receio de, quando os momentos chegarem, não saber como encaixá-los. É daqueles meus raros momentos em que a emoção me tolda a razão.

2º Sou incoerente no que toca à simbiose entre a minha vida pessoal e profissional. Quem me conhece pessoalmente, dificilmente me imagina um profissional e as pessoas com quem privo a nível exclusivamente profissional não podem sequer ter conhecimento das minhas actividades pessoais, sob pena de algum descrédito. O paralelismo foi a opção que fiz. As outras seriam mudar a minha essência ou a minha profissão.

3º Como homem feliz com a sua vida, não me arrependo dos meus actos e percurso passado, incluindo os (muitos e naturais) erros. Assumo antes a aprendizagem daí decorrente (teoria do sucesso via tentativa e erro), e vivo virado para o futuro. Mas, ainda assim, acredito que todos temos os nossos fantasmas. E alguns fazem com que se procure incessantemente uma redenção que não chega. Por isso me diz tanto esta frase do filme Levity (2003): «Li um livro escrito no séc. XI que dizia que havia cinco passos para obter o perdão. O primeiro era confessar o que tinhas feito. O segundo era teres remorsos. O terceiro era compensares quem prejudicaste. Só depois podias passar para o quarto passo, que era fazeres as pazes com Deus. Mas só depois do quinto passo vinha a verdadeira redenção. E esse era voltar ao mesmo lugar, à mesma situação, e não voltares a fazer a mesma coisa. Só que não estou a ver um deus a abrir-me os braços. Isso arruma o passo quatro. E, quanto ao quinto, o tempo não nos deixa voltar segunda vez ao mesmo lugar, por muito que o desejássemos. E é por isso que sei que, no meu caso, não há redenção.»

4º Começa a preocupar-me ser um puto de 31 anos. Solteiro, sem filhos, sem bens registados. Apenas um gosto apurado pelo princípio do prazer. Sinto-me bem na minha juventude e conservada imaturidade, mas quando olho à minha volta, e pela divergência com o meu mercado de referência, desconfio que isso já não é tanto uma vantagem.

5º Tenho um sentido de justiça excessivamente apurado, que nem sempre é o legal ou socialmente aceitável. Isso faz de mim um ser que, quando é confrontado com genuína maldade, reage com o pior que há em si. Dar a outra face não me conforta. Preciso dar o troco na inflacionada proporção ao alvo da injustiça para me sentir aliviado e, de seguida, poder esquecer e até perdoar. Culpa da minha mãe que sempre me ensinou: «Por cada filho da puta, há sempre um filho da puta e meio.»

6º Não perceber nada de música e não saber tocar um único instrumento é uma das minhas grandes frustrações. Quase todos os dias digo a mim mesmo que ainda vou a tempo de aprender qualquer coisa. Aqui a culpa é do professor de Educação Musical no 5º ano do ciclo que só punha um gajo agarrado à flauta e ao xilofone a tocar Paul McCartney e a banda sonora de uma série televisiva de kung fu que existia na altura.

7º Menti no ponto 3. Arrependo-me até hoje de não ter ido ao concerto de Pearl Jam, no Restelo, em Maio de 2000.

Não passarei a corrente a ninguém. Primeiro, porque os leitores do Estado da Coisa têm ar de ter segredos demasiado chocantes e com cariz marcadamente criminal. Depois porque duvido que alguém os queira revelar. Se estiver enganado, considerem-se convidados e tenham o obséquio.

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Tuesday, August 14, 2007

Um estado de espírito



«Awake... for all is dying, even the dead

We are our Past failing to come back

All of us visionaires
with a rope around our neck»

Awake, Moonspell

Monday, August 13, 2007

Foda-se... e acabei mesmo por ficar em casa...

Convidei 11 (onze!!) amigos e... nada! Ou a trabalhar ou de férias longe. E, com este calor de Agosto, sem pica para ir sozinho, cá estou eu no sofá a assistir em directo ao Festival de Paredes de Coura na SIC Radical.

Pelo menos já emborquei uma garrafa de vinho e dois whisky's para adquirir o espírito festivaleiro. Pena morar um apartamento, só faltava um charro enrolado na relva.

É triste.

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Thursday, August 09, 2007

Leituras de férias

A cara-metade trabalha. Eu, com muito pouco trabalho em Agosto, dou as minhas voltas mas passo, por preguiça, muito tempo em casa. Zapping pelos canais do costume, um CD a rolar e... um livro. Que é sempre uma óptima opção para passar o tempo.
Li dois na passada semana. Leitura leve e bem-disposta. A biografia do Zé Pedro, dos Xutos (Não Sou o Único, de Helena Reis) e uma visita guiada pelo maravilhoso mundo do álcool (Com Os Copos, Miguel Esteves Cardoso).

Ontem era tempo de iniciar outro. Passei pela Bertrand e um livro me chamou a atenção. Liderança, Lições de José Mourinho, de Luis Lourenço e Fernando Ilharco. «Vou continuar na leitura fácil» pensei.
Acontece que o livro é baseado numa tese de mestrado, que obteve nota máxima na Universidade Católica. «Na Católica não é difícil» pensam alguns de vós. Também eu pensei. Mas enganei-me, o livro é bom. Até bom demais para o que eu queria neste momento. Baseia-se numa visão paradigmática do princípio da complexidade, em detrimento do modelo reducionista de pensamento científico defendido por Newton e Descartes. Resumindo: o todo não é soma das partes e para o compreender não é através da dissecação e análise de cada uma das partes. O Mourinho é apenas um exemplo. E um chamativo para vender o livro.

Concluo com isto que o cérebro é um músculo como outro qualquer. Quando não exercitado, fica em péssima forma. Como quero perceber o que leio, ainda não consegui passar a página 57 de 310.

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Cinestésico, assim catalogado

Bem tento, mas a minha fotografia não é nada de parecido com arte. Também o ouvido para a música, com muita pena minha, é algo que nunca consegui desenvolver. Não sou visual ou auditivo. Todos temos cinco sentidos e é com eles que percepcionamos e nos relacionamos com o mundo. E tendemos a previligiar um deles.

Eu recordo-me dos sítios pelo seu cheiro. Lembro-me, por exemplo, do cheiro de cada um dos meus antigos locais de trabalho. O cheiro a papel, a monitores sobreaquecidos, a ambientadores, a madeira, a tabaco, à mistura de perfumes de colegas, misturas sempre diferentes.
Hoje comi um bolo. Um bolo que não me lembrava que não comia há mais de 20 anos. E, à primeira dentada, tive recordações que julgava não existirem.

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Tuesday, August 07, 2007

Viva a mudança

Primeiros post's no PC novo. Ainda a habituar ao Vista, Firefox e por aí fora.

Obrigado Parka pela paciência na instalação de software, transferência de ficheiros e pirataria.

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Monday, August 06, 2007

Parabéns Sermente!

O António tem, a partir de hoje, uma irmã de nome Júlia.

Oxalá a garota saia à mãe.

Saturday, August 04, 2007

Última chamada

Não tendo tido até ao momento confirmações, questiono-me:

Vou mesmo ter de ir sozinho a Paredes de Coura no próximo dia 13, ver Slimmy e Blasted Mechanism, entre outros?

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