Friday, October 31, 2008

Estamos a recuperar a tiragem!



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Rubrica «Constatação de Facto» #2

Nos assessment's que ando a fazer, seleccionando 500 estagiários a ir para o estrangeiro através de um conhecido organismo público, em que nas dinâmicas de grupo a malta anda de joelhos e gatas no chão a fazer construções, concluo que 80% das mulheres entre os 20 e 30 anos que querem ir para o estrangeiro usam string.

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Thursday, October 30, 2008

Rubrica «Constatação de Factos»

Há momentos de maior agitação emocional que um gajo sente que só uma boa erva nos garante e devolve uma verdadeira dose de racionalidade e pragmatismo. A parte má disso é que só depois de grelhar umas costeletas e estrelar uns ovos em óleo bem quente, é que esse mesmo gajo se apercebe que não ligou o exaustor e já não consegue sequer ver a porta da cozinha.

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Tuesday, October 28, 2008

É nestas coisas que se vê os cyber-amigos!

Anda um gajo numa fase turbulenta-agitada-depressiva-apática-disléxica, assim no pólo negativo do já meu conhecido bipolarismo, sem escrever há uma semana, que até podia estar a morrer com um cancro na cabeça, e não há um único caralho de um leitor que, assim como quem não quer a coisa, seja gajo para perguntar: «Ai e tal, tás fixe?».

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Sunday, October 19, 2008

Há coisas que não se sabe nem se quer explicar

Tal como o VSP sentia esta música, também eu me arrepio com este tema de Placebo. Aliás todo o concerto em Paris 2003 é transcendente. O DVD foi a minha (boa) companhia desta tarde.
Confesso que gosto mais do sentido da letra original, mas esta versão francesa do tema "Protect Me From What I Want" é de registar. Em especial a harmónica a partir dos 3 minutos que levanta todos os pêlos do corpo.



C'est le malaise du moment,
L'épidémie qui s'étend,
La fête est finie, on descend,
Les pensées qui glacent la raison.

Paupières baissées, visages gris,
Surgissent les fantômes de notre lit;
On ouvre le loquet de la grille
Du taudis qu'on appelle maison.

Protect me from what I want
Protect me from what I want
Protect me from what I want
Protect me, protect me
Protège-moi, protège-moi
Protège-moi, protège-moi
Protège-moi, protège-moi
Protège-moi, protège-moi

Sommes-nous les jouets du destin
Souviens-toi des moments divins
Planant, éclatés au matin,
Et maintenant nous sommes tout seuls.

Perdus les rêves de s'aimer,
Le temps où on avait rien fait,
Il nous reste toute une vie pour pleurer
Et maintenant nous sommes tout seuls.

Protect me from what I want
Protect me from what I want
Protect me from what I want
Protect me, protect me

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Wednesday, October 15, 2008

Obrigado pela honra

É sempre um orgulho ser o primeiro. Nem seja em ser mandado para o caralho por uma lisboeta.

(Picas, não tinha lido o aviso. Caso contrário... tinha pisado na bola ainda mais cedo! Nós, provincianos tripeiros, adoramos palavrões com pronúncia da capital!)

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Não é que não concorde

Mas ao ver a constituição da equipa portuguesa no jogo desta noite, em especial do seu meio campo juvenil, não posso deixar de pensar que o Queiroz gosta mesmo é de meninos.

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A frontalidade é uma coisa muito fodida

Nota mental: nunca pôr a tocar uma música quando não estiver preparado para a dançar.

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Tuesday, October 14, 2008

Post fora de horas

Hoje o tema na Prova Oral da Antena 3 era qualquer coisa relacionada com motivação ou liderança. Tinha lá um convidado espanhol que era (julgo eu) psicólogo do desporto e que tinha uns prismas de ideias interessantes. Pena que o formato do programa não permitisse uma abordagem que o tema merecia.
Primeiro porque o Alvim é um demente. Um muito superior demente, mas um demente. Uma mente brilhante afogada em hormonas. E misturar sexo e liderança na mesma ideia é giro, mas não acrescenta. Segundo, porque, quais comensais famintos, os participantes que ligavam logo tratavam de deixar fluir histórias e exemplos de quão triste é a sua realidade profissional, como os nossos empresários não sabem motivar, que no estrangeiro, esse belo país, é que é bom, que a mim ninguém me liga. Enfim, o sermão do costume.
Eu, de telemóvel em riste, bem tentei mais uma participação espectacular, com a genialidade que me assiste, de forma a elevar o padrão, mas não consegui ligação. Frustrei. E então decidi trazer para este espaço a catarse. Aturem-me os leitores, menor mas seleccionada audiência.

Existem muitas teorias de liderança. Importa, talvez, compreender primeiramente o que é, de facto, esta coisa esotérica. Liderança não é mais do que levar um grupo a atingir objectivos. Ponto. Seja de que maneira for: pode ser com uma chibata - existe uma coisa chamada motivação por medo que, salvo os respectivos inconvenientes, funciona que é uma maravilha, em especial nas épocas em que a procura de emprego é superior à oferta e assenta na seguinte máxima: “ou fazes ou fodes-te” - simples mas sincero; pode ser com uma cenoura, como se faz aos burros – a tecnicamente denominada motivação por recompensa “fazes e dou-te um doce”, criando assim uma matilha de cães de Pavlov.
Faça-se uma pausa no raciocínio. Parece-me que estamos a falar de motivação. Pois parece-me então que liderar é uma soma entre dois saberes: saber motivar e saber organizar (distribuir trabalho, comunicar, objectivar, avaliar, acompanhar). Pensando no futebol, o treinador tem essencialmente de saber incutir o chamado espírito de equipa (que não é mais do que saber motivar os indivíduos e a equipa, criando objectivos comuns, cooperação, confiança, coesão), mas tem também de saber organizar a táctica, espalhando os recursos pelo relvado e dando direcções quanto aos fluxos de jogo, leia-se trabalho. Excepto se for treinador do Porto, que nem isso precisa.
«Ok, meu, porra de seca, mas onde queres chegar?» perguntam os ansiosos leitores.
Quero eu chegar que, sendo eu um gajo que escolheu gerir pessoas em contexto de trabalho como carreira (compreenda-se que tinha uns imaturos 19 anos no momento da decisão), tenho a dizer que isto é tudo uma tanga do caraças. E, aliás, digo-o aos meus formandos de liderança e gestão de equipas, o que fica sempre bem e credibiliza. Teorias de liderança são como os chapéus, há muitas: liberal, democrática, autocrática, contingencial, situacional, paradigmática, cartesiana. Até o Mourinho tem uma (completamente anti-cartesiana, refira-se, mas poupo-vos ao entediante pormenor). Todos os líderes as deviam saber / querer / poder / conseguir aplicar, consoante a amostra de colaboradores que possui, com vista à eficácia que se traduz em (ora vamos lá outra vez, agora em coro) “levar um grupo a atingir objectivos”. Nas minhas dissertações lunáticas, tento ajudar no saber e no querer, ou seja, na competência e na atitude de quem manda. E constato que ambas estão lá, mais ou menos entorpecidas. Mas eis que depois a aplicabilidade no terreno é impregnada de entropias quando esbarra numa coisa que os sociólogos e antropólogos chamam… como é… ah, a cultura do povo.
E somos então chegados a uma bela marmota de rabo na boca. Os líderes (leia-se chefes) não sabem motivar, apontam os camaradas do proletariado. Os colaboradores (leia-se bestas) são preguiçosos e não querem ser motivados, acusam os fachos empresários. Então agora vamos reflectir mais um pouco, sem magoar claro está, na motivação. A definição básica: “levar alguém a fazer algo pela sua própria vontade”, “aquilo que nos leva a satisfazer uma necessidade pessoal”. Animar a malta, uma palmadinha no ombro, fazer uma festa, um aumento, um bacalhau no Natal. O que queremos é ver a malta feliz. Viva a motivação!
Agora … para quê a motivação? Porque os fachos empresários têm a obrigação, tal Santa Casa da Misericórdia, de fazer pela vida da malta? Lamento descair para a direita, mas ao motivar homens a intenção é puramente capitalista (tal como a tão em voga responsabilidade social é na sua essência uma estratégia de marketing). Pessoas motivadas rendem mais, acredita-se. Seja de que forma for, com a tal chibata, a cenoura ou qualquer outra forma mais poética. E foi esta parte que se esqueceram de me falar na Faculdade: no negócio. No sítio onde há pessoas para motivar, existe um negócio. Fiquei de boca aberta a primeira vez que reparei.
Posto o prólogo, existem também teorias de motivação para os gostos mais e menos requintados. Todas começam no mesmo, o dinheiro. Proponho o seguinte exercício: o leitor vai começar a trabalhar para mim e eu, gajo porreiro, pago-lhe 5 mil euros mensais, de modos a que o meu amigo, satisfeito e motivado, não tenha mais essa preocupação tão terrena. Ora o meu amigo, em troca de tal pipa de massa, vai dar-me em troca, ao longo dos meses, uma mais ou menos estável produtividade. Pois, não esquecer que uma relação de trabalho é uma balança que se pretende equilibrada. Vai daí, eu mais uma vez um gajo porreiro, decido aumentar o meu amigo para 6 mil euros. O que acontece? No primeiro e quando muito segundo mês, o gráfico de produtividade do meu amigo, tal como a taxa Euribor, dispara. Para logo a seguir voltar em baixa exactamente aos mesmo níveis pré aumento salarial. Moral da história: no (único) sentido capitalista da motivação, o dinheiro como fonte é disparate. Não traz retorno. Não motiva. Mas evita a desmotivação, o que não sendo a mesma coisa, dá algum jeito.
Voltemos à marmota. O que motiva então as pessoas? Dizem que a auto-estima, o reconhecimento e a auto-realização. Faz-me sentido, mas se voltarmos à marmota e à cultura de um povo dito luso e mediterrânico, vemos que para muita gente não será bem assim. Muita mesmo, o que leva à inevitável e, admito, injusta generalização. Quantos de nós temos empregos que gostamos (auto-estima) e quando não o temos atiramo-nos de cabeça para outro, prejudicando a nossa segurança e zona de conforto? Quantos de nós resmungam pela falta de palmadinhas nas costas e valorização (reconhecimento) mas não nos esforçamos para ser melhores que os outros, mas apenas para ser como os outros, sem dar grande bandeira e, se possível, sem suar muito? Pois.
O que motiva então o português? Pois não sei. Lamento. Mas temo que seja sempre aquilo que não tem. É um bocado como as facadas matrimoniais. Os amantes surgem quase sempre por fenómeno de compensação. Défices de atenção, emoção, compreensão, sintonização, tesão e/ou toda uma panóplia de coisas terminadas em –ão, que nestas coisas do coração é sempre em grande. Falta sempre qualquer coisa e a galinha da vizinha teima em ser sempre melhor que a nossa. Se a esposa tem um marido bronco, arranja um caso com um intelectual. Se tem um intelectual, arranja um amante que seja bom na cama. Tudo certo, nada a opor antes a louvar. Pelo menos aqui algo é feito por iniciativa para compensar a necessidade insatisfeita. Mas no emprego não. Falta sempre algo e ainda bem. Só para nos podermos queixar. Não para fazer algo que contrarie a tendência. E se, por azar, algum iluminado líder corresponde, logo temos que descobrir outra lacuna motivacional. É o estado de insatisfação permanente.
A conclusão a que hoje se chega: a motivação que tanto se fala e que tanto se aguarda pacientemente é uma treta. T-R-E-T-A. A motivação vinda dos outros podia, devia e era inteligente acontecer. Dos chefes, da esposa, dos amigos. Mas a principal motivação é a que vem de dentro de cada um de nós. E essa não depende de ninguém. A título de exemplo: a coragem, a mudança, a garra, o entusiasmo, a atitude positiva.

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Thursday, October 09, 2008

Crises de meia idade nas saídas à noite

Não chega o espírito sociável. Não chega gostar de copos. Não adiantam sequer as calças de ganga, as sapatilhas ou o brinco na orelha.
A malta da noite insiste em tratar-nos por você e escondem os charros à nossa passagem.

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Wednesday, October 08, 2008

Resumo das ausências.

Como de costume quem tarde vem come do que tem e eu já devo ter perdido uma festa, e meia dúzia de amigas. Mas as separações ciclicas funcionam bem comigo. A minha gasolina com mais octanas é a saudade, e sempre que posso reabasteço.
Partindo do principio que o lamentável é o regresso e não a ausência, deixo-me de desculpas paneleiras.
Apetece-me dizer mal dos Gato Fedorento(s). Não é que os camelos gozam com o magalhães (e bem) e depois fazem um intervalo para publicitar a TMN e-escola e escolinha. Já sei que méu méu méu o canal é que, xáxáxá porque tem que ser. Dantes a coerência não era só uma caracteristica de algumas rochas.
Passei por baixo de um loboduto (viaduto para lobos, sobre uma auto-estrada, para que os lobos possam ir cagar à bouça, do outro lado), um destes dias, e pensei que 20 milhões de contos devia dar para pôr um plasma em cada casa oferecida em Lisboa.
A Islândia está na bancarrota. Portugal não. O problema, dizem, são os bancos.
Depois do sucesso das tampas das garrafas de água a pagar cadeiras eléctricas já se pensa na reciclagem de caricas de coca-cola para comprar bancos eléctricos.
Na Islândia são 300 mil. Em Bragança são cerca de 150 mil habitantes. Meia Islândia, portanto, e da última vez que lá fui vi no minimo 3 Bjork's. Como em Bragança não existem conceitos de nível médio de vida, fundos de investimento imobiliário e dependência do sector financeiro, quanda a banca está rota chamam o picheleiro.
"O terreno custa 2 milhões de euros, e depois a casa, também somos nós que fazemos, mais um milhão de euros, tudo 3 milhões." - Já (ou)viram isto na TV? Quero o IRC desta empresa em horário nobre por favor. É o minimo para quem lança postas de pescada tão gordas.

Sermente (xau, tenho que ir ao banco - pagar)

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Thursday, October 02, 2008

Um dos meus chefes vai casar este Sábado

Sim porque isto de um gajo ser profissional independente faz com que um único trabalhador tenha muitos chefes o que lembra aquela história da equipa nacional de remo que aparece com 9 timoneiros e 1 remador ou 6 timoneiros e 1 remador ou lá quantos são que eu não percebo nada de remo e quero apenas concluir que há muitos a mandar e poucos a remar e com esta bela metáfora candidato-me a Prémio Nóbel da Literatura porque construí uma frase à Saramago ou seja como vocês constataram sem pontuação nenhuma e neste momento os meus parcos leitores começam a sofrer de falta de ar o que má dá ainda mais vontade de continuar a escrever sem parar o que não significa que não vos estime mas apenas que zelo pela vossa aeróbica.

Adiante. Eu vou lá estar nesse casório a assistir à sua miséria. Pela segunda vez. Pois.
E já escrevi o cartão a juntar à prenda: «És o gajo certo para ter uma empresa de formação de reciclagem: burro que é burro nunca aprende à primeira.»

E, com esta, posso esquecer a negociação de revisão de honorários. Mas vale os euros a menos.

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Wednesday, October 01, 2008

Mensagens subliminares (aka ler nas entrelinhas)

Hoje vieram cá a casa dois tipos de uma empresa entregar um sofá que eu e a cara-metade encomendámos. Depois de montado e, na altura de passar o cheque, diz um deles enquanto olha em seu redor para toda a sala: «Depois se precisar de ajuda com a decoração fale connosco que também tratamos disso».

Tudo bem, não fosse um pormenor. A questão aqui é que a sala já está decorada. E tudo que me apeteceu dizer, em vez do meu sorriso amarelo, era: «Ó palhaço, nunca ouviste falar em minimalista?»

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