Ponto de ebulição
(Informam-se os leitores que o post seguinte contêm linguagem vernacular, pelo que os mais susceptíveis e dados ao melindre, que voltem mais tarde)
Ontem ia escrever um post que dizia assim:
«Começo a ficar farto desta merda e qualquer dia salta-me a puta da tampa e aí vai ser o caralho.»
Era meio da tarde. Decidi não publicar. Porque achei que era só mais um dia mau, e não valia a pena maçar-vos. À noite, fui dar formação. E por falta de paciência para motivar cepos para a temática (parte integrante da função), tive a minha primeira... digamos... "altercação" com um formando. Em resposta à falta de bom-senso e repetidos comentários de descredibilização, tive de lhe explicar que o respeito tem dois sentidos e puxar os galões da autoridade que o posto me confere, algo inédito em 5 anos de profissão. O problema é que exemplifiquei. O problema é que não fui manipulador ou assertivo. Fui agressivo, duro, irónico, humilhador. Para alguém que não tinha armas, capacidade para argumentar. E deu um gozo estúpido espezinhar um homem na frente de outros quinze. Sentimentos pequenos de vingança e justiça com que me deliciei.
Contava que hoje tivesse vergonha. Ainda não. Estou a ficar preocupadamente desiquilibrado.
Labels: azedume, Chatear o caralho..., Filho da puta de dia, frustrações, Talvez fizesse melhor um Prozac à noite
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