Tuesday, March 29, 2005

O Estado da Linguagem Erudita

Pior que a famosa pergunta proposta para o referendo da Constituição Europeia, só mesmo as mensagens dos maços de tabaco. «O fumo contém benzeno, nitrosaminas, formaldeído e cianeto de hidrogénio». O Word assinala dois erros ortográficos por desconhecimento dos termos… não admira. Dito assim, quase concluo que o fumo, pelo menos, alimenta.

O Estado do Governo e do Clima

Lá estamos nós a fazer figura de ciganos na União Europeia. Há duas semanas atrás, o Ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu pressionar os organismos europeus a atribuir subsídios para combater os efeitos da seca. Imagino-os a analisar o dossier e a ver no boletim meteorológico da Euronews os aguaceiros sob Portugal Continental…

Monday, March 28, 2005

O Estado do Casamento

Pessoalmente, não acredito na instituição casamento. Aliás, não acredito em muita coisa em que é necessário assinar um papel. O casamento deveria ser basicamente um estado de alma, não um banquete, uma oportunidade de férias e um contrato civil. Não ouvi ainda tão completa e verdadeira definição de casamento como a de um amigo: «Casar é cagar de porta aberta». Ora, para atingir tal nirvana da intimidade, não vejo necessidade de um papel.
Por outro lado, os pensamentos filosóficos dos meus amigos também tem os seus antagonismos quando comparados, pois um outro afirma que a melhor forma de superar um desgosto amoroso provocado por uma separação é imaginar a pessoa amada precisamente a cagar. Pessoalmente, também acredito na eficácia da metodologia.

Se realmente é vontade do povo oficializar e formalizar o acto do casamento, proponho umas pequenas alterações com vista à sua modernização. Defendo que os contratos de casamento deviam ser como os contratos de trabalho, equiparando o Código Civil ao Código do Trabalho, nos moldes e termos neste último exigidos.
O contrato de casamento deveria ser, regra geral, a termo certo, por um prazo de 6 meses, automaticamente renovável se nenhuma das partes expressar a sua vontade de o fazer caducar no termo, com um pré-aviso mínimo de 8 dias. Estaria sujeito igualmente a um período experimental de 30 dias, em que qualquer das partes poderia rescindir sem necessidade de justa causa, aviso prévio ou indemnização.
Ao final da terceira renovação, o contrato seria convertido em contrato sem termo. A partir desta fase, a denúncia apenas poderia ocorrer com um aviso prévio de 30 ou 60 dias consoante o mesmo tivesse uma duração inferior ou superior a 2 anos.

Era limpinho.

Saturday, March 12, 2005

Homenagem e devida vénia ao aniversário e coreografia!

Friday, March 04, 2005

O Estado do Patrão Socialista que Ninguém Gosta

Depois destes comentários acerca de um patrão socialista que fode toda a gente, comentários que tanto me sensibilizaram, sinto-me forçado a partilhar um pequeno segredo para que sintam a reposição da justiça, não divina, mas fruto da justiça da Terra.

Tinha eu 6 anos quando cheguei a casa com a beiça inchada, depois de ter levado uma chapada de um coleguita (chamemos-lhe assim) de turma. Lembro-me perfeitamente das palavras sábias da minha mãe, tantas vezes no futuro repetidas: «Rapaz, para cada filho da puta há sempre filho da puta e meio». Talvez por isso tenha crescido com um sentido de justiça tão apurado e desde aí, sempre que posso, reponho-a, não dando descanso à alma enquanto tal não acontecer.

Após este pequeno prólogo, vamos então à história. Este socialista, patrão de uma empresa de consultoria em Recursos Humanos, por sinal registada (como político que se preze) em nome da (ex-?) mulher, contrata, em 2002, uma Directora de Produção (note-se o caricato do nome para uma empresa de serviços) que só lá vai 3,5 dias por semana e não cumpriu ainda nenhum dos objectivos para os quais foi contratada. Resultado: a empresa está em falência técnica, sem credibilidade no mercado e sem estratégia definida, face à capacidade cognitiva e imaginativa de quem a dirige.

Pergunta o leitor? E, na realidade empresarial nacional, qual é a novidade? A novidade é que, ainda assim, vê-se algum serviço a rolar na empresa, pelo que, se entra algum dinheiro, ninguém sabe para onde ele se esvai, até porque pagar contas é tanga (um louvor à contabilista, verdadeira mágica na arte da analítica). A outra hipótese era a empresa trabalhar de borla. E, nesta hipótese remota, nasce a verdadeira novidade: a tal Directora presta serviços de consultoria de recursos humanos, por conta própria e/ou em economia paralela, a clientes (pelo menos assim o eram) da empresa que lhe paga o salário pouco ou nada merecido, utilizando os meios e mão-de-obra desta, devido, não à preguiça, mas à limitação dos seus conhecimentos, entre outros, técnicos. Ou seja, o serviço completo, excepto a factura no final.

Ora aqui está um belo exemplo de ética profissional. E o cabrão do patrão socialista, a ser aqui fodido à força toda, de repente, passa de cabrão a cordeirinho.