Friday, February 25, 2005

O Estado da Influência

Ah pois é! Já tinha sentido esta influência na queda do pseudo-Governo anterior. Bastou levantar aqui suspeição ao aumento do castigo de McCarthy pela Comissão Disciplinar da Liga, e foi ver o Conselho de Justiça anular a sentença.

Só falta o sul-africano voltar a marcar o golo da vitória frente aos mouros. Isso é que era bonito.

Thursday, February 24, 2005

O Estado do Clássico

Tenho como certo que o Papa português, Sr. Jorge Nuno, não é santo e onde há fumo há fogo, principalmente nestes meandros.

Mas o Apito Dourado anda com um arco-íris meio esquisito. Senão vejamos: o FC Porto bate o recorde de processos sumaríssimos, bem aplicados, sendo quase pioneiro no castigo pelas imagens televisivas quando podia encher este blog de exemplos (só esta época!) em que tal não aconteceu. De seguida, recorre do processo de McCarthy e a Comissão Disciplinar decide alargar a pena de dois para três jogos, não podendo o homem defrontar... o Benfica. Até aqui tudo bem, ao contrário do que afirma a nossa socialite Margarida Rebelo Pinto, há mesmo coincidências.

Agora a PJ chamar ontem a depôr, no âmbito do processo Apito Dourado, o árbitro António Costa, quando ele é o árbitro nomeado para arbitrar o jogo do próximo Domingo: FC Porto... Benfica.

Tuesday, February 22, 2005

O Estado da Eficácia Político-Climatérica

Bastou ser eleito novo Governo e começou a chover. O facto pode ter diversas interpretações. Os socialistas reclamam que Sócrates já trabalha no combate à seca no Alentejo.

Monday, February 21, 2005

O Estado das Sondagens

Não sendo eu propriamente um saudosista, sempre a olhar para o passado, tenho de assumir uma mania. Até hoje, sempre gostei de ler os jornais desportivos com uns dias de atraso. Não sei se por algum gene sádico ou por puro gozo de ver engolir sapos. Nada melhor que ler numa segunda-feira as convicções de vitória publicadas na sexta por um treinador que perdeu no Domingo.

Decidi alargar a tara à política e qual o meu espanto com tamanho gozo. Senão vejamos: Santana Lopes havia anunciado durante a campanha eleitoral que iria processar as empresas de sondagens que o desfavoreciam deliberadamente. Das 3 sondagens pré-eleitorais, a da Universidade Católica dava precisamente 28% ao PSD. Mas o engraçado é que as outras duas davam resultados bem melhores que os obtidos!

Verificado o erro, avançará o processo judicial?

Sunday, February 20, 2005

Não tendo sido a minha opção de voto, tenho como alegria a derrota histórica da direita. Aqui, uma pequena homenagem ao meu pai.

O Estado Anárquico Ortográfico

Sguedno um etsduo da Uinvesriadde de Cmabgirde, a oderm das lertas nas pavralas não tem ipmortnacia qsuae nnhuema. O que ipmrtoa é que a prmiiera e a utlima lreta etsajem no lcoal cetro. De rseto, pdoe ler tduo sem gardnes dfiilcuddaes... Itso prouqe o crebéro lê as pavralas cmoo um tdoo e nao lreta por lerta.

Friday, February 18, 2005

O Estado das Imagens Mentais

Há duas imagens mentais que me fazem ficar ainda mais convicto relativamente à minha posição no que respeita à legalização do aborto.

A primeira, é a metáfora do próprio Santana Lopes, dizendo que era um «bebé numa incubadora». A segunda, a fotografia, publicada na última edição da revista Grande Reportagem, de Paulo Portas com um mês de idade.


Escrito há decadas e sempre actual...

Thursday, February 17, 2005

O Estado da Reacção em Cadeia

Fumar mata (banda sonora deliciosa num surrealismo contemporâneo).

Tuesday, February 15, 2005

O Estado da Campanha

Ainda a propósito do luto pela freira ex-pastora, a Direita decidiu abortar (a mesma Direita que me perdoe o termo) a campanha eleitoral. Mentira, esta é a melhor campanha possível. Antes o silêncio que o discurso conhecido.

Por outro lado, é o apelo ao sentimentalismo religioso. Quanto às beatas não sei, mas com os padres a estratégia não pegou lá muito bem. Foi tão fraquita que nem a recente revisão à Concordata os comprou.

Pessoalmente, não fico fodido por eles mentirem. Fico fodido por pensarem que acredito.

Monday, February 14, 2005

O Estado das Filas

Esta semana tem sido do pior: quando julgava que nada iria superar a confusão criada pelos 20 mil turistas para adquirir os bilhetes a 60,00 € do aniversário da TAP, eis que o record é quebrado com a romaria ao velório da Lúcia, em pleno dia de S. Valentim.

Sou obrigado a concordar com o este homem. A pastora era mesmo um estandarte nacional, à imagem da nação esquizofrénica. Depois de ter estado 450 anos enfiada num mosteiro, sem que ninguém lhe ligasse corno, eis que o povo prefere uma mediática despedida fúnebre a viajar ou fornicar.

Friday, February 11, 2005

O Estado da Burocracia

Cá vai um belo exemplo da burocracia entranhada na cultura portuguesa em geral, e na Administração Pública em particular. Burocracia essa que, pela sua lentidão de processos, visão unidireccional e preguiça mental, come a um ritmo avassalador dinheiro contributivo de todos nós (ou pelo menos daqueles que pagam impostos).

Todas as semanas, o departamento que coordeno recebe coimas do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS) por entrega fora do prazo de boletins de inscrição de novos colaboradores na Segurança Social. Dezenas delas no valor unitário de 74,82 €. As várias empresas do Grupo admitem, em média, 400 colaboradores por mês, sendo que desses talvez uns 50 ainda sem número de beneficiário.
A razão de ser das coimas é simples. Legalmente, a comunicação tem de ser feita até ao último dia do mês n+1 da data de admissão. Exemplificando, admitidos em Março têm obrigatoriamente de ser comunicados até 30 de Abril. No último dia do mês, pela hora de almoço, assino cartas para praticamente todos os Centros Regionais de Segurança Social (CRSS) do país, onde anexos estão todos os Boletins de Identificação referentes às admissões do distrito em causa. A manhã desse dia está, programadamente, reservada pelos elementos da equipa para essa tarefa. Nesse mesmo dia é, ainda, feito o envio via CTT, conforme carimbo no Registo. O CRSS recebe, pois, no 1º ou 2º dia útil do mês n+2, conforme assinatura do Aviso de Recepção.

Vai daí, começa o ciclo:
1- O CRSS de Bragança comunica ao IGFSS do Porto a entrega fora de prazo, anexando relatório descritivo e pormenorizado (!!!);
2 - O IGFSS envia uma coima por cada Boletim alegadamente em atraso: «O arguido entregou em 02.04.2005 quando devia ter entregue até 31.03.2005». Primeiro, acho uma piada a Segurança Social multar quem quer que seja por, alegadamente, 1 ou 2 dias de atraso. Mas rigor é rigor e um dia aplicar-se-à também às suas próprias situações de atraso;
3 - Eu respondo, então, com uma norma jurídica criada por/para/pela Segurança Social, onde explicitamente se refere que a data de referência é a data de envio e não da recepção, anexando os devidos comprovativos dos CTT (já tenho um modelo criado);
4 - O Departamento Jurídico do IGFSS absolve-nos das coimas;
5 - No mês seguinte, recomeça o ciclo.

E andamos nisto! Este processo é repetido de Bragança a Faro, passando pelas Regiões Autónomas, quase sem excepção. Não fosse o facto de o total mensal destas coimas representar qualquer coisa como mais de 3000 € (três mil euros), eu até era gajo para alinhar no esquema e deixar andar. Sempre contribuía para contratarem mais 2 cérebros. Sei também que, se tivesse a iniciativa de expor a situação ao IGFSS, a solução proposta seria em antecipar o envio num dia. Mas não o faço por duas razões: primeiro, por teimosia. Segundo, porque os 10 elementos da equipa têm de ter prontas, até ao penúltimo dia útil do mês, as transferências bancárias dos vencimentos de 5000 colaboradores. E não vou contratar um “mangas-de-alpaca” para lidar unicamente com a Segurança Social. Esse estilo, onde não é preciso fazer contas ao orçamento, ou pelo menos respeitá-lo, porque o Zé-povinho paga, não é o do sector privado.

Bastava uma comunicação do IGFSS, a merda de um fax, a todos os CRSS dizendo: «Meus caros colegas dos Departamentos de Inscrição de Novos Contribuintes, parem de multar as empresas por entregas fora de prazo, sem antes olharem para a data do envio». E o ciclo parava. Os CRSS teriam menos trabalho, o IGFSS teria menos trabalho, o DJ do IGFSS teria menos trabalho, o meu departamento teria menos trabalho e eu, pessoalmente, teria também menos trabalho, o que até me dava um certo jeito.

Talvez seja mesmo isso. Como colaborador de um grupo económico privado, realmente não me faz faltinha nenhuma, mas será que alguma malta do Estado necessita de trabalho solto, confusão e papelada para justificar o lugar?

Thursday, February 10, 2005


Isto está bonito! Já tinha ouvido histórias de gente sepultada viva, mas o facto ser assumido a priori e servir inclusivé de justificação de falta, isso é inédito!

O Estado das Políticas de Emprego

Assim sim. Na Alemanha pia fininho. Fosse assim em Portugal, e as filas do desemprego desapareciam e os cofres do Estado não esmifravam.

Na terra das cervejas e das salsichas, a prostituição foi legalizada há 2 anos, tendo os famosos bordéis direito a recorrer aos Centros de Emprego. Uma técnica de informática iria deparar-se com esta realidade (parece um filme do Tarantino): ao inscrever-se no Centro de Emprego da sua área de residência, declarou já ter trabalhado à noite, não se importando se aparecesse uma vaga num bar. Ora, o sistema achou o perfil ideal e quando deu por ela já estava num prostíbulo, numa entrevista de emprego adequada à função.

Tendo recusado tão gentil oferta, o Estado corta o respectivo Subsídio. Há que dá-lo e mai'nada!

Wednesday, February 09, 2005

O Estado da Fuga ao Fisco

Fico de boca aberta ao ler uma notícia ontem: «Fisco detecta subavaliação imobiliária». Será que só ontem algum fiscal comprou casa? Nunca conheci nenhum empreiteiro que escriturasse um imóvel pelo valor que o vende. E tudo por cima da mesa!

Prevejo nova notícia um dia destes: «Fisco desconfia de declarações de IRS falsas». É que um decréscimo de 90% em 2004 nas declarações superiores a 250 mil euros dá um bocado no olho. Quando foi o ano que bateu record's na venda de produtos de luxo. Pois é! É que a crise é só para a classe média.

Tuesday, February 08, 2005

O Estado do Carnaval

Não sei se pelo adiantar da hora ou pela Absolut do Insólito Bar em Braga (fica a referência a um conceito que muita falta faz à Invicta), o certo é que este Carnaval, em repetidas ocasiões, tive dificuldade em perceber se determinados espécimens estavam ou não mascarados.

O Estado da Campanha Política

Não consigo que me deixe de fazer uma certa confusão que partidos defensores de políticas extremistas, totalitários, possam participar em eleições democráticas e que abram a boca cheios de altivez para falar no tema...

Friday, February 04, 2005

O Estado da Homenagem

Domingo, Bob Marley completaria 60 anos de idade, não fossem os quilos de ganza que fumou. Celebra-se na Etiópia. Isto sim, é festa.

Thursday, February 03, 2005

O Estado da Verdade Política

«Ganharam obviamente os partidos que ficaram de fora»

Carlos Magno, Analista Político, RTP 2, 03.01.2005, respondendo à pergunta «Quem ganhou o debate desta noite entre José Sócrates e Santana Lopes?»