Wednesday, October 31, 2007

Esta semana:

- Esperei sentado pela marcação da avaliação bancária de uma casa para a respectiva aquisição, ou não. Fui traído. Troquei o Millenium pelo Bpi e agora fundem-se. Que se fundam.
- Provei o segundo melhor vinho da minha vida, logo a seguir ao Vale Meão - Dolium, Reserva 2004. Vinho Regional Alentejano, tinto, das castas Aragonês e Trincadeira - um hino às uvas nacionais. Abri-lo um dia antes do seu consumo, ou então, não abri-lo e deixá-lo crescer, uns anos, na garrafa.
- Renovei, na Zara Reduced, o meu stock de t-shirts.
- Fui buscar os discos todos do Chico Buarque e deixei-os à vista.
- Vi o Perfume, história de um assassino, e gostei de lembrar.
- Soube que Pinto da Costa vai processar o Estado, por ter sido detido, em 50 000 euros e percebi o Apito Dourado.
- Sonhei que haveria uma segunda oportunidade para acabar o meu curso, aos sábados de tarde na junta de freguesia e que me tinham retirado as faltas disciplinares do liceu. Aliás, corri a casa da minha mãe e os postais de denúncia escolar tinham desaparecido, a Ministra tinha passado lá com uma caixa de clarinhas de fão e um pedido de desculpas e tinha recolhido as provas.
- Ouvi várias lamentações.
- Arrumei a roupa de Verão e vieram-me as lágrimas aos olhos.
- A minha primeira namorada teve uma trombose.

Sermente (a constatar velhice)

Calvície

Lamentos. Dercos. Pêlos. Cabelos. Outono. Caducos. Deles que gostam mais.

Sermente (in crescer)

Tuesday, October 30, 2007

Snif... snif... que orgulho...



Pena não aparecerem os nomes do formadores e respectivos contactos, isso é que era boa publicidade.

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É logo ali a seguir aos lugares para deficientes

Centro comercial em S. João da Madeira inaugurado há um mês possui lugares de estacionamento reservados a mulheres. Pintadinhos de cor de rosa e, claro, mais largos, o que dá sempre muito jeito, em especial aos carros à volta. O orgulho das clientes entrevistadas na reportagem do telejornal da RTP é de ir às lágrimas.

Com exemplos destes, torna-se óbvio que as mulheres continuam a ser a principal entropia à sua própria emancipação.

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Monday, October 29, 2007

Qual dos dois o mais estranho fenómeno?

Neve na Argélia ou Benfica no segundo lugar do campeonato?

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Espírito prático

Diz a sócia, vasculhando a despensa: «Estamos com um leve problema... acabou o papel higiénico. Vamos ter de desenrascar até amanhã com rolo de cozinha.»
Brinco: «Atenção ao desperdício, essa folha é larga, faz favor de dobrar em quatro.»
«Tens razão, é um desperdício... já sei!». Vai daí, pega no facalhão serrado da cozinha e corta o rolo ao meio, em dois. «Está resolvido» diz triunfante.

Passadas algumas horas, ainda não sei como adjectivar o acto, se parvo se brilhante.

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Thursday, October 25, 2007

Crise no Ensino

Entretanto, novidades! A partir do segundo semestre deste “ano lectivo”, inicio mais uma nova experiência profissional. Não me chegava a actual actividade da formação de adultos em contexto laboral, agora vou ser também, pasmem-se, “professor”! Assalta-me um misto de incredulidade e algum orgulho pelo convite. E muita vontade de rir. Vou “leccionar” um módulo de um Curso de Especialização Tecnológica ministrado por um Instituto Superior. A “alunos”. Com “testes” e tudo. Ainda me estou a habituar à terminologia.

Dizem alguns de vocês que não me conhecem, a não ser pelo alter-ego: «Sim… grande coisa. E depois?». Mas os que comigo privam, não duvidem que deitam as mãos à cabeça e exclamam: «Meu Deus, como é que é possível? Onde vai parar o ensino?».

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«Portugais? Portugais? Luís Figo!»

De volta. Já regressei na terça-feira, mas peguei directo no trabalhinho e o tempo ainda não tinha permitido vir a este canto partilhar convosco um pouco da viagem. E as minhas principais conclusões e memórias são:

- É um destino que se dispensa bem o operador turístico. Eu, sempre que possível, privilegio. Excursões, em carneirada, só a Fátima. No primeiro dia estranha-se, mas rapidamente se ganha uma sensação de segurança, pouco comum nos dias que correm em países árabes.

- Tudo é negociado. T-U-D-O. Desde o preço do táxi ao valor diário do rent-a-car. Como tinha hotel reservado a 70 quilómetros do aeroporto, e não tinha o luxo do transfer, lá tinha de arranjar uma maneira de me deslocar. O táxi, ainda que bem negociado, conseguia ser mais caro do que em Portugal. E como queríamos ir a diversas cidades durante a estadia, decidimos o aluguer de uma viatura. Após consulta em 4 agências do aeroporto, conseguiu-se um Fiat Uno sem a grelha frontal por 45 Dinares por dia. Qualquer coisa como 25 euros diários, quilómetros ilimitados. Com a gasolina a 1 Dinar o litro (60 cêntimos), compensa.

- Conduzir numa cidade tunisina é de homem. Na estrada, a diferença é pouca. Mas nas cidades é de meter medo. De duas faixas na estrada fazem-se 4 filas de automóveis, de todo o lado aparecem sem aviso automóveis, motorizadas, bicicletas e peões. Os da esquerda normalmente querem virar à direita e piscas é coisa de turista. Como tinha uma caução de 500 euros no rent-a-car, andei assim pró ansioso 4 dias. Mas consegui que ninguém me desse uma pancada. Excepto uma num retrovisor, mas que não conta porque não deixou grande marca. Pelo menos, assim visível no meio de todas as outras que já tinha.

- Desconfiem sempre da palavra de um tunisino. Se ele vos disser que a auto-estrada é boa, pensem na nacional Porto – Vila do Conde. Se ele vos disser que existem placas de indicação na estrada, lembrem-lhe que vocês não percebem árabe. É que em francês, só nas zonas turísticas e pouco mais.

- Nunca em lugar algum no mundo vi tanto polícia. A cada 2 quilómetros há uma operação STOP e a cada 500 metros uma patrulha. Não esquecer que a Tunísia faz fronteira com a Argélia e a Líbia, pelo que procuram constantemente contrabandistas e terroristas. Mas pode ser cansativo ser mandado parar 5 vezes ao dia. Apenas para olhar para a nossa cara de ocidental e desejar «Bonne Route». Nunca me foram sequer pedidos documentos. Ao contrário de Marrocos, ali a polícia é, dentro dos possíveis, simpática e tolerante com os turistas.

- É um país pouco usual no que diz respeito à língua que o turista usa. Normalmente, quando o turista português vai à América do Sul, arranha o castelhano. Na Europa, o Inglês. Mas há sempre uma língua base. Na Tunísia, senti diferente. O árabe está fora de questão para o turista e o francês não é propriamente universal. Logo existe uma mistura constante e alternada de línguas. Desenrasca-se o francês, o inglês e o castelhano, numa mescla que se torna mentalmente caricata ao final de alguns dias.

- A gastronomia é fabulosa. Não nos hotéis, que até pode ser 5 estrelas, mas a comida nunca é… autêntica. Mas na rua, nas bancas. Baseia-se no pão ou outras massas de farinha (como crepe), atum, ovo, queijo, frango, batatas e couscous. Nada estranho, portanto. Aconselho provar o famoso chapatti, um crepe recheado e barrado com uma especiaria deliciosa e super picante, a harisha. Diz-se que até limpa o tracto respiratório. Eu acredito.

- Os mercados semanais, souks, e as medinas são locais transcendentes de convívio e comércio. Os vendedores são um bocado chatos, mas não tanto com os portugueses. Toda a gente nos aborda como a mesma questão: nacionalidade? O objectivo é apurar e segmentar o poder de compra. Quando descobrem que somos portugueses, a insistência baixa. Houve um que nos definiu de forma curiosa: «Portugais? Mucho amor, poco dinar». Está tudo dito. Nunca iniciar uma negociação em que não se pretenda verdadeiramente o produto. As regras dizem para oferecer um terço para comprar por metade. Eu diria oferecer um quarto, virar costas, e comprar por um terço.

- Fugir das zonas turísticas. O pior que a Tunísia tem para oferecer é Yasmine Hammamet, Port El Kantaoui ou Monastir. Faz lembrar Vilamoura com uns adereços mais parolos. Apenas Sid Bou Said tem alguma graça. Aconselho a autenticidade do souk de Nabeul, da medina de Sousse ou de Madhia. E ainda as ruínas da antiga Cartago, património mundial da Unesco, e o Coliseu de El-Djem, terceiro maior coliseu romano do mundo e o maior de África. Apenas fiquei com pena de não ter ido ao às portas do Deserto do Saara. Mas ficava a 800 quilómetros a sul, os dias eram apenas quatro e, relembro, o carro era um Fiat Uno.

- O consumo ou mera posse de estupefacientes é severamente punida naquele país, pelo que, apesar da tentação do consumo directamente no produtor, não recomendo. Em alguns locais mais recônditos, existe oferta ao turista, ainda que a um preço mesmo de turista: 5 dinares a grama de haxixe! O triplo do preço aqui, se a qualidade compensa, lamento informar mas não sei. Tive sempre presente a famosa marosca: o turista compra, o vendedor avisa a polícia, a polícia prende o turista, a polícia devolve o produto ao vendedor, o vendedor divide o lucro com a polícia, o vendedor procura outro turista.

Algumas imagens, no sítio do costume.

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Tuesday, October 23, 2007

Conservatória do Registo Predial.

Sabiam que a reencarnação está prevista na admnistração pública?
É verdade.
Diz a senhora: "É necessária a certidão de óbito do seu pai com menos de 3 meses."
Eu: "Mas eu tenho a certidão de óbito tirada há 2 anos..."
Diz a mulher: "Não serve, tem que ser recente"
Eu: "Porquê? Acha que o meu pai possa ter ressuscitado entretanto?"
Diz a imbecil: "Não é isso..."
Eu: " Então o que é? Lamento muito, mas morreu morreu. Se estava morto em 2005, provavelmente continua, certo?"
Diz a vaca: "Acho que sim... mas são regras"
Eu: "Pois são, morre-se uma vez. O único que morreu duas vezes escreveu um livro e lamento dizer-lhe mas o meu pai não escreveu nenhum livro."
Diz a filha do simplex: "Isso já não sei, só sei que precisa de uma certidão de óbito com menos de 3 meses. (sorriso daqueles que lembram uma vontade imensa de cagar)"
EU: "Se entretanto eu concluir que o meu pai reencarnou na minha filha, será que serve a certidão de nascimento dela?"
Diz a coitada: "Não acredito em reencarnações (cara de tasqueira quando atura um bebado)"
Eu: "Pronto, era mesmo aí que eu queria chegar..."

E saí...

Sermente (cá se fazem cá se pagam)

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Cliquem aqui e descubram a poesia visual e o grafismo albino.

Sermente (in serviço público)

Monday, October 15, 2007

E após uns breves momentos de indecisão...



Diz que vou ver camelos. E talvez comprar uns tapetes para a casa nova. As Ilhas Gregas estiveram para ganhar a competição. Mas uma mescla de critérios, que variaram entre o custo, o ócio e as condições metereológicas, ditaram a escolha final.
Uma nota: as agências de viagens e operadores turísicos não sabem lidar com a pressão do tempo. «Ai nessas datas não há disponibilidade e tal...». Aqui sentado no meu puff, comprei viagem na RyanAir do Porto para Madrid, viagem na Tunisair de Madrid para Tunis e reservei hotel à patrão em Hammamet. Tudo por menos de 400 euros e para amanhã. Lá irei desenrascar um táxi ou algo de género para me levar de uma cidade a outra. "Assistência profissional" para quê? Mochila às costas e seja o que Alá quiser.

Boas férias para mim. Fui.

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Sunday, October 14, 2007

Al Gore

Portugal (selecção AA)

Duas boas razões para andar feliz.

Sermente (Hibrido)

Thursday, October 11, 2007

A tradição já não é o que era

Estou velho. Os tempos áureos em que o corpo aguentava todo o tipo de maus tratos já lá vão. Já tinha percebido que, hoje em dia, uma noite de copos dá direito a três dias de ressaca.

Mas hoje foi o descalabro. Acho que acordei com pedaços do fígado nos cantos da boca. Estava tudo tão negro que, ao dirigir-me à sanita, fiquei indeciso se havia primeiro de me sentar ou ajoelhar-me em frente a ela.

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Politica e socialmente correcto

Porque é que sempre que morre uma figura pública, independentemente de ser actor, político, desportista, empresário, jornalista, ouvimos sempre as mesmas batidas manifestações de pesar? «Um homem recto... amigo do seu amigo... um exemplo a seguir por todos... um homem com uma capacidade fora do normal... valores extraordinários...» and so on.

Quando, às vezes, nem era assim bem bem verdade. E quando essas mesmas manifestações partem de pessoas que mantinham, com o falecido, relações forte e assumidamente tempestivas. Será o perdão da morte? Será uma tentativa de redenção? Para quando uma declaração do género: «Pá, o homem morreu e obviamente tenho pena, desde já os meus pêsames à família, mas a verdade é que o gajo era um verdadeiro filho da puta.»

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Wednesday, October 10, 2007

A reler post's antigos...

... concluo que, tal como uma foto da adolescência que agora vemos e pensamos: «como é possível eu ter sido tão azeiteiro?», podemos considerar que um blog tem antiguidade relevante quando já conseguimos ter vergonha de algumas coisas e ideias que escrevemos no passado.

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Já era tempo!

Para a semana vou de férias. Ah pois é! Vantagens de quem trabalha por sua conta, não precisa de pedir a ninguém, apenas tem de cavar um buraco na agenda. E deixa de facturar nesse período, pormenor relevante.

A questão é: apetecia-me sol, dolce far niente, mas também algo para ver e fazer além além do ócio dos resorts, que cansa ao fim de um dia. Vá, dois dias. Cumprindo a regra de não repetir destinos, Brasil e México ficam fora das opções. Nas Caraíbas, pensei na Jamaica, Cuba ou Costa Rica que possuem alguma magia e oferta cultural. Mas a época de furacões só termina no final de Novembro, e não me apetece o risco de ir apanhar chuva e vento. Pensei em África, nomeadamente Gâmbia ou S. Tomé e Príncipe, mas não dá tempo de cumprir a antecedência da vacina da febre amarela e fazer a profilaxia da malária. Pensei noutros destinos do Indico e Pacífico, mas não ganho tão bem assim, para gastar mais de 2000 euros por pessoa em Outubro.

Posto isto, aconselham algum destino?

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O Partido Comunista, perdão, os sindicalistas não dormem

José Sócrates levanta-se a meio da noite para mijar e tinha uma manif à porta da casa de banho.

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Monday, October 08, 2007

BNC – Bom Na Cama

Mais uma corrente, desta vez nomeado pela Picas com o galardão BNC – Bom Na Cama. E o que é isto? Segundo os autores da corrente, «Este é apenas um exercício de imaginação. Afinal, o erotismo está no cérebro, não é? O corpo reage, o cérebro age.».
As regras também dizem que agora tenho de nomear outros cinco, independentemente do sexo, e que não pode ser nem o remetente da nomeação nem ninguém que eu conheça pessoalmente. Lá está, o exercício da imaginação.

Antes disso, deixem-me realçar as razões pelas quais me foi atribuído o galardão. Um orgulho. Como poderão constatar todas elas sexualmente plausíveis.

1. Porque é um homem do Norte. (Ok, já tinha ouvido uns rumores sobre a masculinidade sulista, que, pelos vistos, mais uma vez se confirma. Até conheço alguém que diz que eles lá gostam é de ler. Em ambos os casos, e para que não me acusem de bairrismo provinciano, não são palavras minhas.)

2. Porque trabalha em Recursos Humanos, que é (de longe) a área que emprega melhores profissionais BNC. (Não consigo empatizar. Em mim, os profissionais RH que conheço têm um poder erótico semelhante a uma visão do Alberto João Jardim nas águas de Porto Santo.)

3. Porque frequenta festivais de Verão. (Uma maluca. Ela sabe o erotismo de uma tenda no meio de um campo lavrado no Alto Minho, com musica ao vivo de fundo a 1,5 quilómetros de distância. Sabe também o poder sexual das substâncias canabinóides. E, pelos vistos, não se importa que os corpos não vejam sabonete há 72 horas.)

4. Porque me acha parecida com a Rita Egídio. (comentários reservados)

Adiante… Nomear outros cinco é que não vai ser tarefa nada fácil. Primeira regra a ter em conta: blog que fale muito em sexo ou que contenha insinuações desse cariz esconde um(a) blogger frustrado(a). Não falha. Já Freud dizia: «A fala é, não raras vezes, o principal substituto do falo.»

Assim sendo, vou nomear:

- O Pacheco Pereira (abrupto.blogspot.com). Porque aquela barba deve fazer milagres. E pelo estilo pausado. E porque é um gajo que se sente sozinho, pelo que se lhe derem oportunidade, ele corresponde.
- O Bruno Nogueira (corpodormente.blogspot.com). Porque a Maria Rueff tem ar de exigente. E porque vê-lo sem roupa sempre garantirá uma gargalhada.
- O Pedro Santana Lopes (pedrosantanalopes.blogspot.com). Porque sai muito à noite. Não lhe falem é no Mourinho, senão lá se lhe vai a tusa.
- O Herman José (hermanjose.blogspot.com). Porque quem pinta assim o cabelo, deve fazer qualquer coisa na cama. E pela versatilidade.
- A Floribella (floribellaptblog.blogs.sapo.pt). Porque normalmente as meninas pobres, boazinhas e confusas revelam-se na horizontal.

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Wednesday, October 03, 2007

Não esquecer!



Vespa na Azenha D. Zameiro dias 4 e 5 de Outubro. Para além da pré-apresentação do single, ouvi dizer que vai haver temas em acústico e tudo.

Parka, não queres organizar uma excursão da malta do costume? Eu vou amanhã. A S. se tiver forças também.

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Tuesday, October 02, 2007

Flexisegurança (a.k.a. flexigurança)

Estava aqui a documentar-me um pouco sobre este novo modelo de trabalho, que se pretende implementar em Portugal. Fiz-lo porque está intimamente ligado à minha actividade profissional. E também porque para poder dizer mal, há que ter algum conhecimento de causa. Excepção feita, claro está, aos comentadores televisivos.

De uma forma muito simplista e superficial, diz que o conceito assenta na maior facilidade de despedimento, para promover maior facilidade de emprego. E diz que este modelo foi inventado pelos dinamarqueses na década de 90. Páro a pesquisa. Logo aqui, não concordo. Nós portugueses já inventamos a flexisegurança há muito mais tempo e até já a adaptamos ao funcionalismo público. Senão vejamos: um ministro pouco popular, ou por muito raro acaso incompetente, é despedido. Tudo bem, sem ondas. Assim arranja emprego mais rápido e toca de ir para um Conselho de Administração, por exemplo, da GALP. Se por acaso também correr mal, não há problema nenhum. Despede-se o trabalhador e muito facilmente segue para a EDP ou a CGD.

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Monday, October 01, 2007

Um dia destes!

Os monges da Cartuxa, os cartuxos. Alguém viu a reportagem na sic?
Clausura e silêncio. Arrepia. Respeito-os. Um dos dois novatos que por lá anda, respondeu a algumas perguntas do interessante (não o suficiente) e requintado (o suficiente) jornalista.
Depois de um longo processo de desentorpecimento da língua, já notoriamente franzina e esguia, o rapaz lá respondeu à pergunta:
O que é que um rapaz de 27 anos (engº civil) faz aqui?
O silêncio, a busca de Deus (mais ou menos isto)
O que é que encontra aqui que não encontra na vida normal?
A vida normal não nos pode dar tudo. A vida é feita de escolhas e renúncias. Temos que renunciar a umas coisas para atingir outras...
O que mais gosta aqui?
O silêncio, (tipo)a equipa ...
Vai até ao fim? (aqui o garoto já estava quase a chorar e a chamar pela mãe)
Isto é uma caminhada uma longa caminhada e como qualquer outra, nunca tem um fim... (neste momento e tal, até ainda aguento e depois logo se vê... aqui lembrou o Simão a assinar pelo Benfica)
Pronto, aquilo comoveu-me ... mas acho que era de bom tom mandar lá um senhor agente da autoridade perguntar se eles estão lá todos de livre vontade e se sabem o que se passa com os monges por esse mundo fora, se sabem que se Deus fez as flores e as orações também fez o sexo e o futebol, se sabem a diferença entre coragem e cobardia, se sabem a diferença entre partilha e patilha, se distinguem opção de obsessão e família de mobília.

Sermente (há gajos com quem nunca poderemos contar)

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Reflexos

Depois de ter escrito a dica anterior fiquei a magicar e concluí: o crime é patrocinado pela economia de mercado e grandes grupos financeiros.

Sermente (de novo a conduzir pela esquerda)

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Casas (dica da semana)

Um empréstimo a 42 anos de 150 000€ para comprar uma casa dá sensivelmente uma prestação mensal de 750€:

750 x 12 = 9000€ ano
9000 x 42 = 378 000€ no final do empréstimo

Ora, isto só acontece se o juro não subir (lol).
Uma casa de 150 000€ daqui a 42 anos quanto valerá, se existir? 378 000€ (lol)
É óbvio que se entretanto um dos conjuges bater a bota, ela fica paga.

Sermente (in Okupas)

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