Thursday, October 23, 2003

O Estado de Braganca (essa bela localidade)

Braganca apareceu na capa da Times. Ao contrario do esperado, a festa deveria ter sido de arromba mas as almas puras ficaram sensibilizadas. Eu tambem fiquei, mas porque a intencao dissimulada da reportagem foi nem mais nem menos do que o-flagelo-da-prostituicao-esta-patente-inclusive-numa-terriola-de-camponios-similar-ao-nosso-Pais-de-Gales-algures-no-sudoeste-da-Europa-numa-provincia-espanhola-de-nome-Portugal. Isto sim, esta mal. Mas as vozes, e nao so, levantaram-se noutro sentido.

Coitadinhas das bragantinas, estas mulheres do demo brasileiras acenam com a luxuria aos seus inocentes maridos. Pois a meu ver o problema de Braganca e so um: a falta de imaginacao das nobres donas-de-casa. Numa perspectiva empresarial, existe um principio da lei da oferta e da procura que nunca falha e pode aplicar-se a tudo na vida: «Quem nao da assistencia, ganha concorrencia». Afinal, este e o negocio da prostituicao, ou nao? Eles bem dizem... «Elas sao mais quentes», «sao mais carinhosas», «sao mais desinibidas». Ha que alugar uns filmezitos. Era negocio abrir uma empresa de formacao especializada e quica aproveitando os fundos do POEFDS. O Zeze Camarinha, esse simbolo nacional, poderia fazer os conteudos programaticos para as damas.

Mais uma vez, o negativismo deste povo de merda, veio (salvo seja) ao de cima. Em vez de tanta polemica, poderi­amos aproveitar esta publicidade para o Euro 2004. Fazi­amos umas obras na IP4 e colocavam-se cartazes do tipo: «Venha ao Euro 2004 e conheca Braganca»; «Braga, Guimaraes ou Porto - duas horas de viagem ate Braganca»; «Portuguese do it always»; «Futebol e um pretexto». O Sr. Americo da pensao la da terra agradecia. Ficam as dicas.


Tuesday, October 21, 2003

O Estado da Filha do Ministro

Pessoalmente não conheço. Mas muito me deprimiu a inveja do povo português em torno desta questão. Onde estão os valores morais?

Então queriam que o Sr. Ministro, como pai zeloso que é, nao tentasse assegurar o futuro da filha, regendo-se pelos princípios paternais e protectores que desde pequeninos nos são incutidos?

Era preferível que a cachopa fosse estudar para Madrid? Então é onde ficava o nosso nacionalismo, quando tanto nos opomos contra os médicos espanhóis? E pior ainda... já tou a imaginar o filme: a pipa de massa que iria sair do bolso dos contribuintes com tanta despesa do Sr. Ministro e respectivas viagens semanais da sua honrada menina!

Sejamos visionários, temos de ver "além"! A inveja é inimiga do discernimento.

Friday, October 10, 2003

O Estado do Típico Orçamento Familiar Português

Sobra mês ao fim do dinheiro...

Thursday, October 02, 2003

O Estado das Marchas Brancas

Simbólico. Comovente. Bonito. Profundo.
Na noite imediatamente seguinte, o Parque Eduardo VII teve uma das maiores receitas do ano (sondagem provável da Marktest e Universidade Católica).
Nesse mesmo dia, um respeitável senhor de 62 anos sai em liberdade ao ver-lhe ser retirada a queixa de actos pedófilos. Não existiam provas apenas testemunhais, existiam duas miúdas grávidas do velho teso, cada uma com 12 e 14 anos de idade. Foi alegado que o interesse da privacidade e bem-estar das vítimas e das crianças recém-nascidas assim o exigia. Azar teve o Bibi que não conseguiu engravidar nenhum dos putos!
Esta é a justiça deste país. Como cidadão, considero que o Ministério Público não me respeitou nem defendeu os meus interesses.

Wednesday, October 01, 2003

O Estado de Manuela Moura Guedes

Em poucas palavras: deplorável, ridícula, incompetente, partidária. À imagem do povo. Bem visto pelo Zé Moniz que a pôs a apresentar o Telejornal dos peditórios. Este é um belo exemplo de uma mulher que, na horizontal, subiu na vertical.
Sempre acreditei que o jornalismo funcionasse como veículo de informação, e que os seus princípios assentassem na imparcialidade e na isenção. Não é o caso desta senhora. É irritante ver esta senhora ofender, oprimir, denegrir e especular sobre os assuntos, nomeadamente os convidados a prestar algum tipo de declarações em directo no mesmo Telejornal, ao bom jeito de um D. Sebastião representante das classes oprimidas. O último foi um comandante dos bombeiros que tinha uma loja de venda de material de combate a incêndios. É ético? É correcto? Levanta suspeições? Claro que sim. Mas não é esse o cerne da questão. Louvo, inclusivé, os reporteres por trazerem a público estas questões que neste cantinho do mundo apenas são juridicamente avaliadas após conhecimento mediático. Mas condeno uma jornalista que ataca sem conhecimento de causa, especula e manipula a opinião dos seus telespectadores, como que se necessitasse de provar os seus valores morais. Aquela boca terá concerteza muitos agradáveis fins mas que não o dom da oratória. E em relação aos seus princípios morais, porque não ver o site do jornalista Jorge Van Krieken e constatar qual o seu papel no processo de difusão do caso Casa Pia...