De regresso!
De umas revigorantes e claramente merecidas férias. A primeira semana foi dedicada a 3 cidades italianas: Milão, Veneza e Florença. E cada vez mais me convenço: esqueçam as agências de viagem. Marquei voos, viagens de comboio, reservei quartos de hotel, tudo pela Internet. No final fiz as contas: acrescendo alimentação e outras despesas locais gastei um total de 650 euros nessa semana. Não é caro, por uma agência pagava mais e ainda tinha de andar “em carneirada”. Excursões, nem a Fátima.
Adiante. As fotos estão no local do costume. Quanto às cidades, Milão é aquela cidade que nos faz sentir uns desgraçados. Por duas razões: uma, faz-nos sentir uns tesos. As lojas Gucci, Prada, Armani, Louis Vuitton e afins imperam. Um gajo olha por acaso para uma montra e vê uns chinelos engraçados, afina a visão para o preço e certamente terá 3 dígitos antes da vírgula, com o primeiro algarismo começado por 2 ou 3. A segunda razão: maior concentração de mulherão por metro quadrado. Na Holanda, já tinha visto mulheres bonitas, mas em Milão são bonitas e produzidas: loiras ou morenas, altas e magras, produzidas, com vestidos soltos em resposta aos 30ºC. Até a cara-metade compreendeu que, pelo menos a vista, eu teria de regalar.
Veneza. Maravilhosamente velha, maravilhosamente suja, maravilhosamente mal cheirosa. Uma aldeia em cima da água do tamanho de uma grande cidade. Pena que os únicos residentes sejam os idosos, já que a malta nova há muito se pirou para o “continente” à procura de oportunidades. Em Veneza, além destes, apenas os que trabalham para o turismo e os muitos milhares de turistas, massa que curiosamente estraga o encanto turístico da cidade.
Florença, cidade da arte, o Sermente bem dizia. Por todo o lado se desenha, se pinta, se esculpe, se molda. Obviamente, comprei a boina. Além disso, respira-se a recordação de que se tratou de uma das cidades mercantis mais importantes do mundo há uns séculos atrás. Arquitectura impressionante, palácios imponente com pés direitos assustadores. Uma cidade que fica dourada ao pôr-do-sol e de todas as cores pela noite dentro.
A segunda semana, o destino do costume: Tavira. 4 dias com os cunhados e a sobrinha em Pedras D’El Rei e 2 dias de barriga ao sol e muitas imperiais na Ilha de Tavira com a cara-metade. E livros: Lado Selvagem, de Jon Krakauer (o livro que inspirou o primeiro filme de Sean Penn como realizador); Crónicas de Uma Morte Anunciada, de Gabriel Garcia Marquez (dispensa apresentações) e Planisfério Pessoal, de Gonçalo Cadilhe (as crónicas da viagem de 18 meses à volta do mundo por terra e mar).
Agora, de regresso às atribulações do dia-a-dia. Entre trabalho e a mudança de casa, muito tenho para vos contar. Mas fica para quando cá vierem os gajos da TV Cabo instalar a Internet.
P.S. Sermente, não consegui controlar as lágrimas de emoção quando vi a tua dedicação e talento publicada neste canto. Um grande bem haja e continua a dar-lhe forte. Temos de marcar um copo: cheira-me que tens algo que eu não tenho.
Labels: a vida é bela, Balanços, Há coisas fantásticas não há?, Informação (In)útil, Serviço Público Estado da Coisa, Turismo
<< Home