O Estado da Validade das Promessas
Aqui há uns tempos, tinha prometido não descascar mais no Governo. Por um lado, porque o tema já se tornava chato de tanta bacorada diária para rir e criticar. Por outro, assumo, com algum receio ao contraditório não fosse aparecer por aí o douto ministro.
Mas neste dia que passou foi discutido o Orçamento de Estado (aquele que o Bagão Félix diz que é como o das famílias) e andei atento. Eles andam aí...
Mas a melhor do dia acabou por ser a preocupação com a saúde pública e com a medida progressista, quase vanguardista, de proibir o tabaco em bares, discotecas, locais de trabalho entre outros locais, esses, razoáveis. Vai ser ver o tabaco ser proibido na Assembleia. Faz-me lembrar aquele voo de Estado a Moçambique, onde os ministros e secretários fumavam charutos a bordo, apesar da proibição internacional.
Acho que sim. Não entrando em questões de direitos de uns e descriminação de outros, a proibição nos locais de trabalho vai concerteza aumentar a produtividade nacional. Vai ser vê-los 1 a 2 horas por dia nas escadas de serviço a queimá-los. E num Estado tão à farta de receitas, o desincentivo ao consumo do tabaco vai dar uma boa pancada no IVA cobrado.
Acreditar no facto de que se ganhará nos custos da Saúde, é como acreditar no Pai Natal. É que quanto mais viverem a partir dos 65, mais o Estado gasta em pensões.
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