O Estado da Cidade e do Campo
Torre de Moncorvo. Madrugada de 22.11.2004. 0º C. O artista é Freelancer, rapaz citadino, habituado à alta roda da noite portuense.
A passar o fim-de-semana no campo, foi conhecer a noite transmontana com o seu grupo de amigos. Era vê-lo cheio de pujança na disco da terra. Já noite alta, os seus companheiros de viagem, namorada incluída, quiseram recolher ao hotel. A energia, álcool e afins que corriam nas veias de Freelancer recusaram tal programa. Diz quem viu que o Freelancer apenas dizia: «Naaa, ide indo, que depois estes amigos dão-me boleia», apontando para meia dúzia de grunhos lá da serra.
Resultado: a memória apagou-se pouco depois, apenas memórias soltas de uma discussão com o porteiro e de um passeio pelo luar. Acordou enregelado pela manhã, descalço, apenas com uma camisola no tronco, sentado em frente aos Bombeiros Voluntários de Moncorvo. Roubaram-lhe as botas Timberland.
Muito cuidado, meus amigos. O Freelancer está mesmo a considerar fazer exames periciais no Instituto de Medicina Legal para despistar (ou confirmar) a hipótese de um eventual estupro.
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