O Estado da Cultura Cinéfila
Conversa verídica da mesa ao lado na esplanada do Lais de Guia, protagonizada por um romântico e moderno casal: ele, típico segurança nocturno, negro escuro, feio, 1,90 de altura por 1,10 de largura, braços tipo sequóias. Contudo com ar ôco. Ela, uma beta loira produzida, daquelas que falam alto e fumam com o cigarro na ponta dos dedos, tipo antena. Tinham em comum o tal ar.
Preto: «Anda aí um filme muito fixe: Peter Pan. Só que não é desenhos animados.»
Loira: «Sabes que dizem que anda aí um filme novo muito bom. Parece que é feito pela filha do Coppola.»
Quase que me borrava todo com o café cuspido em chuveirinho, provocado por uma incontrolável e abafada gargalhada.
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