Friday, November 09, 2007

Concordo (poder paternal) - Dr. Phill a Presidente.

Há qualquer coisa no Estado que se assemelha ao poder paternal. Talvez por lhe caber a formação, o zelo pela saúde e o julgamento e fiscalização das nossas acções.
Qualquer imbecil sabe que para um pai exigir de um filho, há condições que têm de ser criadas. Como exigir um quarto arrumado sem, antes, lhe ter ensinado a importância disso mesmo e como fazê-lo. (A mim, pessoalmente, é-me dificil incutir uma vida sem fétiches sexuais, que raio. Mas tento).
Já o Estado, é o exemplo de pai que o Dr. Daniel Sampaio encaminharia para apoio e, provavelmente, enviaria os seus filhos - nós, neste caso - para a alçada da segurança social . Como lembra e exemplifica, muito bem, (complemento circunstancial de modo), o nosso Hollygang.
Tendo a nossa estrutura política 33 anos, podemos considerar que o nosso país já é independente e provavelmente casado e com filhos. Os primeiros 5 anos de vida de um ser são muito importantes para a formação da personalidade. Nós (Portugal) nos primeiros 5 anos de vida não sabiamos muito bem quem era o nosso pai. Todos nos reclamavam como filhos e só um teste de adn provou que não eramos filhos de ninguém, tendo, por isso, a adopção sido a única forma de nos estabilizar. Ora, os entendidos poderão comprovar, isto marca qualquer um.
Daí que, aos 33 anos, termos insegurança, uma relação distante com o nosso pai (Estado) e alguns maus hábitos de comportamento seja quase óbvio no que diz respeito a psicologia do desenvolvimento. Agora, que o pai nos continue a pedir peixe sem nos ensinar a pescar é que é incompreensível. A formação não começa, de todo, pela fiscalização. A fiscalização, senhores governantes, é sem dúvida muito importante e essencial, mas é o penúltimo passo.

Sermente (o último é deixar-nos partir para a vida que escolhermos)