Saturday, September 23, 2006

Algumas considerações gerais sobre Barcelona



Foi uma viagem purista. 14 horas de automóvel permitem conhecer a Espanha profunda. 2 notas: lá, o litro da gasolina sem chumbo 95 custa 0,98 € (32 cêntimos mais barata que cá); a única portagem que paguei foi na A4 em Portugal. As nacionais lá são um luxo para o que estamos habituados. Curioso indicador é que as piores estradas espanholas são as que ligam a última cidade à fronteira portuguesa (Zamora - Bragança, Salamanca - Vilar Formoso, Vigo - Valença). Deve querer dizer alguma coisa.

Apartamento alugado em Eixample. T1 duplex com terraço, completa e impecavelmente equipado: bem mais barato que os hotéis turísticos. Os DVD's disponíveis estavam dobrados em catalão e castelhano.

O salário médio espanhol é o dobro do nosso. E, agora tenho a certeza, o custo de vida é inferior. Não contabilizando o custo da viagem, gastei menos dinheiro em Barcelona do que gasto no Porto (!!!). No supermercado e nos transportes, a diferença é abissal, parece o Brasil.
2 pessoas jantaram nas Ramblas por 16 € (calamares, frijoles [arroz, feijão preto, chili, banana frita], vinho branco espanhol e cafe solo).

A cidade tem 127 quilómetros e meio de trilhos para bicicletas e o povo usa-os. É normal ver bicicletas abandonadas acorrentadas a postes.

Menos positivo: Barcelona tem um cheiro a esgoto muito característico por qualquer sítio onde se ande. Ao segundo dia já não se sente, apenas volta ao chegar a Portugal, quando se põe a roupa a lavar. O túneis do metro são estupidamente quentes e abafados. O que vale o tempo de espera nunca era superior a 4 minutos e as carruagens tinham ar condicionado.

Em breve, a foto-reportagem aqui.