Wednesday, April 26, 2006

Politica...

O 25 de Abril é como um dia de aniversário, em que, deprimidos, fazemos um saldo dos dias, da vida, do rumo, das coisas boas e más. Só que aqui centramo-nos no país e não em nós próprios.

Concluo, é genuíno comemorar a Revolução sem se ser de esquerda, embora eu seja; é natural comemorarmos o final de uma Ditadura, indiscutível; neste dia são mais insuportáveis os que lembram saudosamente o antigo regime; neste dia custa partilhar posições com algumas pessoas; irrita-me a satisfação com a Revolução, como se ela tivesse resolvido tudo; irrita-me o oportunismo mediático dos politicos; irrita-me a Assembleia da República cheia num feriado; compreendo a importância da data; respeito os intervenientes; apoio as manifestações e monopólio da programação, os esclarecimentos e sensibilização das novas gerações;
mas no dia 26 caminharmos em direcção contrária, sem cravos ao peito, sem respeito pelo cidadão, sem cânticos libertadores, sem a Assembleia da República cheia, sem respeito pelos sindicatos, sem respeito pelo direito à greve, sem socialismo (afinal, ele supostamente libertou-nos), sem liberdade de expessão, então é mesmo de aproveitar o "diazito" 25 de Abril, como quem aproveita o dia de anos para receber umas prenditas e recorda os anos loucos da adolescência, entretanto trocados pelo cinzento do quotidiano das responsabilidades e dos esforços.

Sermente (porque pedir outra é pedir demais)