Tuesday, April 18, 2006

Leituras

Ando a ler "A Correspondência de Fradique Mendes", de meu ídolo José Maria Eça de Queirós, conhecido como Eça de Queiroz.
Numa das fantásticas cartas, esta a Madame S., Fradique Mendes explica à senhora na (quase) obrigação de se falar mal todas as línguas que não a materna. No orgulho que deveríamos ter em sotaquear as outras línguas denunciando assim a nossa nacionalidade. No desnacionalismo dos poliglotas, dada a relação entre o Verbo e a personalidade. Fala-nos no quanto desinteressante e secundário é parecer estrangeiro.
Não nos incita ao desconhecimento, pelo contrário, promove é o nosso ponto de vista, a forma como podemos enriquecer naturalmente as coisas sendo normais. Aliás algumas destas cartas foram escritas em francês.
Não promove o nacionalismo bacoco mas o respeito e o brio em comer queijo de cabra mal curado.

Sermente (cada vez mais satisfeito)