O Estado do Estado da Coisa
381º post (não escrevo por extenso porque não sei, apesar de reconhecer que tinha outro impacto) e a caminho dos três anos de existência. Nasceu numa fase da minha vida em que andava de mal com a mesma. Qual Vasco Pulido Valente ou João Pedro George, não tendo nada de concreto a dizer, apenas dizia mal e disparava em todas as direcções. O sucesso prometia-se garantido. Contudo, ainda agora as 5000 visitas estão para acontecer. Conclusão natural mas precipitada dos leigos: «é porque o blog é uma merda!». Também, mas a causa da baixa popularidade é outra.
É certo que este quintal atravessa uma ligeira e momentânea crise: as visitas cairam para metade e os comentários desapareceram desde que, estrategicamente e numa óptica de serviço público, se escreveu acerca de temas sociais elaborados que, reconheço agora, ultrapassa a compreensão possível dos QI's dos seus leitores.
Este blog tem um público regular composto por estes tipos, mais esta, mais este, um [pouco] anónimo (que numa prova de consciência não assina as vergonhas que habitualmente escreve) e um trabalhador por conta própria. De resto, alguns leitores ocasionais, cuja irregularidade revela preocupação com a sua sanidade mental, e muitos clientes internacionais que devido a este post, vêm cá parar por engano à procura das prendadas vedetas (estes últimos são mesmo os grandes responsáveis pela maioria do tráfego).
Metade apareceram após a sociedade que decidi atribuir a este gajo. Reconheço-lhe tanto o talento como a preguiça, e nesse sentido estou já a testar as mais recentes tecnologias de controlo de produtividade. A mais valia foi mesmo a carteira de clientes.
A baixa popularidade deste blog está na sua essência e na sua filosofia. Não gostamos de blogs muito visitados pois, do ponto de vista do leitor, perdem a sua originalidade. É o meu lado elitista a vir ao de cima. Talvez bastasse assinar uns comentários apalhaçados em duas dúzias de blogs populares e tinhamos de contratar um porteiro. Ou alinhar na promiscuidade virtual «toma lá um link, agora dá-me também um». São apenas 3 ou 4 os blogs que, por empatia inexplicável, assino. Curiosamente, todos com baixo tráfego. Apesar de ler, diariamente, uns 50. Não intervenho, mantenho-me silencioso na Galeria ou no 1º Balcão.
Outra verdade, é que como faço muito plágio, não quero ter à perna os autores ressabiados a ameaçar com processos judiciais.
A Direcção está já a ponderar as medidas a tomar de modo a combater esta crise.
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