O rescaldo do clássico
As claques de futebol são uma cambada de mentecaptos violentos. Grande parte dos seus membros nem sequer conhece as regras do jogo. Já se sabia antes do jogo.
Os petardos e as tochas luminosas, em posse e utilizados por ambas as claques, continuam e continuarão a entrar nos recintos, pois não é possível revistar em pormenor tanta gente em menos de duas horas. Também já se sabia antes do jogo.
Agora, depois da recepção exterior a que tiveram direito, com garrafas de cerveja pelo ar, colocar a claque visitante no terceiro anel, por cima dos adeptos da equipa visitada, estavam à espera de quê? Que nem sequer atirassem cá para baixo aquelas cadeiras de plástico, tão boas de arrancar?
Não acredito que os dirigentes que assim decidiram, apesar de tudo, sejam assim tão estúpidos. Para mim é claro que se tratou tão só de uma propositada má gestão de riscos, colocando em perigo os seus próprios adeptos. Com que maquiavélicos objectivos? Tentar prejudicar administrativa e judicialmente o clube adversário e, também, promover a coesão e união da sua equipa e adeptos.
Para este último efeito, o Departamento Médico benfiquista, bem falado nestas andanças, que experimente aumentar a dosagem de doping do Nuno Gomes. O próprio agradece, já que a única hipótese de ser um dia recordado é só mesmo morrendo em campo.
Uma reflexão: porque razão, quando o Porto vai a Alvalade, ganhe ou perca, os seus adeptos portam-se bem? Porque são recebidos com respeito, educação e civismo, e é isso que eles também devolvem.
A propósito: apesar da vergonha de não conseguir ganhar (novamente) aos vermelhos, continuamos em primeiro ali na barrita lateral.
Labels: Até os comemos
<< Home